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Real desvalorizado deixa craques mais distantes do Brasil

6/06/2012 14:08
Real desvalorizado deixa craques mais distantes do Brasil

Rogério TadeuJornalista

A valorização do real frente ao dólar e ao euro impactou diretamente no futebol brasileiro. Fortaleceu o poder de compra dos clubes nacionais, que passaram a ter condições de fazer propostas semelhantes às oferecidas pelos clubes dos mercados europeus.

Não é por acaso que dos 23 jogadores convocados por Mano Menzes para os amistosos da seleção brasileira nos Estados Unidos, 10 jogam em clubes brasileiros, entre eles, o astro principal da equipe, Neymar, atacante do Santos.
A pouco tempo atrás, a grande discussão que dominava a seleção brasileira era que praticamente todos os convocados jogavam fora do Brasil e o torcedor reclamava da falta de identificação com a equipe canarinho.
Além dos atletas que estão defendendo a seleção, vários outros craques estão desfilando nos gramados brasileiros. O que não faltam são exemplos: Fred e Deco (Fluminense), Ganso e Neymar (Santos), Ronaldinho Gaúcho (Atlético), Dedé (Vasco), Kléber, Zé Roberto e Gilberto Silva (Grêmio), Luis Fabiano e Lucas (São Paulo) e por ai vai.
Sem contar outros tantos estrangeiros, que foram atraídos pelos reais valorizados: Montillo (Cruzeiro), D’Alessandro e Guiñazu (Internacional), Marcelo Moreno (Grêmio).
Mas esta história pode começar a mudar.
No dia 20 de junho, abre-se no Brasil a janela de transferência e esse processo de repatriação e contratação de estrangeiros pode sofrer uma freada. Justamente porque ela coincide com um momento de desvalorização do real. O dólar está cotado desde o início de maio a mais de R$ 2. O euro está na casa dos R$ 2,60.
Um estudo da  Pluri Consultoria, divulgado esta semana mostra que o faturamento em euros, considerando a variação da taxa média de 2011 (R$ 2,327) e a taxa média atual (R$ 2,57) sofreu um impacto negativo de 80 milhões de euros na receita dos 14 maiores clubes do Brasil. Ou seja, menos dinheiro no momento de buscar os negócios fora do Brasil.
Outro problema é que o real desvalorizado é ruim para o jogador, que passa a ver uma diferença bem maior entre ganhar R$ 150 mil reais no Brasil ou U$ 120 mil dólares no exterior, que se convertido à taxa cambial do dia lhe proporcionaria uma receita superior a R$ 240 mil reais.
Um desafio a mais para os clubes que precisam se reforçar neste início de temporada.
Em contrapartida, liberar os jogadores para receber as multas rescisórias passam a ficar mais atraentes, uma vez que os pagamentos são negociados em euro ou dólar. Aumentando assim a possibilidade de os craques retomarem o fluxo Brasil – Exterior.
O destino é que pode mudar. Em vez da Europa, assolada pela crise do Euro, o Leste Europeu, a Ásia e o Oriente podem ser as bolas da vez.


Fonte: http://www.correiodeuberlandia.com.br/futebolcompimenta/2012/06/06/real-desvalorizado-deixa-craques-mais-distantes-do-brasil/?doing_wp_cron

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